quarta-feira, 4 de junho de 2008

Sexualidade

A sexualidade é uma energia que nos motiva para encontrar amor, carinho ternura e intimidade. Evolui com a idade e é influenciada por numerosos factores biológicos, pela inteligência e pela vontade. Não se limita ao acto sexual, ao prazer físico, envolve também afectos, sonhos, pensamentos, tudo o que está relacionado com a pessoa.


A sexualidade de um indivíduo define-se como sendo as suas preferências, predisposições ou experiências sexuais, na experimentação e descoberta da sua identidade e actividade sexual, num determinado período da sua existência.


Actualmente, tenta-se afastar o conceito de sexualidade da noção de reprodução animal associada ao sexo. Enquanto que esta se prende com o nível físico do homem enquanto animal, a sexualidade tenderia a referir-se ao plano psicológico do indivíduo. Além dos factores biológicos (anatómicos, fisiológicos, etc.), a sexualidade de um indivíduo pode ser fortemente afectada pelo ambiente sócio-cultural e religioso em que este se insere. Por exemplo, em algumas sociedades, na sua maioria orientais, promove-se a poligamia ou bigamia, i.e., a possibilidade ou dever de ter múltiplos parceiros.


Em algumas partes do mundo a sexualidade explícita ainda é considerada como uma ameaça aos valores político-sociais ou religiosos.


Existe uma sexualidade infantil que é perfeitamente normal, mas manifesta-se com mais intensidade na adolescência. Faz parte de um longo processo de aprendizagem que começa com a descoberta dos órgãos genitais, das sensações de prazer, a curiosidade pelo corpo dos pais e pelo sexo oposto.


Assim sendo, a sexualidade, para além da sua função generativa, é, na sua dimensão mais elevada, expressão corporal da nossa capacidade de amar, de entregar-nos a outra pessoa e receber a sua entrega. A liberdade e a capacidade de amar são o maior e o mais íntimo que tem a pessoa humana. Por isso a sexualidade, na medida em que é a sua expressão corporal, afecta o homem de maneira íntima e profunda, tanto para o bem como para o mal.




Ana Martins